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Eficiência Energética na Prática: Inovação, Sustentabilidade e Dados no Centro das Decisões Empresariais Portuguesas

  • Foto do escritor: TEG Monitor criativo
    TEG Monitor criativo
  • 22/10
  • 2 min de leitura
Eficiência Energética
Eficiência Energética

1. O Novo Imperativo Empresarial: Eficiência Não É Luxo

A transição energética em Portugal é um caso de sucesso internacional: mais de 60% da eletricidade já provém de fontes renováveis, e as empresas de todos os setores estão pressionadas por metas ESG, regulamentação europeia e pela obrigatoriedade de relatórios anuais de sustentabilidade.Mas os desafios permanecem — mesmo indústrias com investimentos em energia limpa perdem competitividade se não controlarem desperdícios e picos de consumo.Por isso, a eficiência energética não é uma tendência, mas uma necessidade estratégica e obrigatória. Importa saber não apenas quanto se consome, mas quando, onde e por que razão.


2. Onde Está o Desperdício? Equipamentos, Processos e Maus Hábitos

De acordo com estudos recentes, os maiores responsáveis pelo desperdício energético nas empresas portuguesas são:

  • Equipamentos antigos e subutilizados (motorizações, geradores, câmaras frigoríficas com isolamento comprometido)

  • Falta de monitorização em tempo real — o problema só é descoberto na fatura ou quando ocorre uma avaria

  • Processos inadequados, como ajustes manuais, horários de funcionamento mal planeados ou subcarga de sistemas fora do “horário de ponta”

  • Desinformação e ausência de formação regular das equipas


Uma indústria alimentar de média dimensão reduziu 20% na fatura com a substituição de painéis de controlo convencionais por uma solução de telemetria e alertas automáticos (picos, anomalias, fugas). O mais impressionante: o retorno do investimento ocorreu em sete meses, graças à identificação de um único ponto crítico até então ignorado.


3. O Papel da IoT, Telemetria e Automação

As soluções de IoT e telemetria, quando bem dimensionadas, oferecem capacidades transformadoras:

  • Sensores inteligentes em pontos de maior consumo (motores, refrigeração, QGBT)

  • Monitorização contínua de variáveis (corrente, tensão, temperatura, consumo horário)

  • Alarmes personalizáveis (por remoto, SMS, dashboard)

  • Histórico e análise preditiva: identificação de tendências, comparação entre turnos/unidades, e base para otimização de contratos com fornecedores de energia


Além das vantagens técnicas, a telemetria promove o envolvimento das equipas: ao visualizarem resultados concretos — como um dashboard que associa cada intervenção à redução do consumo — as pessoas tornam-se agentes ativos da mudança.


4. Erros e Dilemas na Eficiência Energética Empresarial

Muitos acreditam que apenas grandes empresas podem investir em automação. Errado: existem soluções acessíveis e escaláveis para PME, especialmente relevantes em setores como hotelaria, logística e restauração.Outros erros comuns incluem:

  • Focar apenas em equipamentos, ignorando a formação e a revisão de processos

  • Não definir metas claras (kWh/tonelada, €/produto, % de redução por área)

  • Falhar em alinhar os objetivos energéticos com os restantes KPIs do negócio


5. O Que Vem pela Frente

A digitalização energética e o autocontrolo do consumo estarão cada vez mais integrados nas metas de sustentabilidade, recebendo incentivos fiscais e apoios financeiros da União Europeia.O próximo salto será a integração da eficiência energética com inteligência artificial — plataformas capazes de recomendar ações em tempo real e ajustar rotinas automaticamente.



A competitividade e a reputação das empresas portuguesas passam agora, inevitavelmente, por saber fazer mais com menos — utilizando dados, automação e o envolvimento das pessoas.A eficiência energética deixou de ser um “projeto extra”: tornou-se o núcleo das operações empresariais.

 
 
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