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TEGRECURSOS

Fique por dentro das inovações em IoT, manutenção preditiva e gestão inteligente de ativos com o blog da TEG Monitor.Acompanhe conteúdos sobre manutenção de geradores, telemetria industrial, inteligência artificial, Indústria 4.0 e estratégias para aumentar a disponibilidade dos seus equipamentos, reduzir falhas e otimizar custos operacionais com tecnologia de ponta.

Manutenção Preditiva: Da Teoria à Implementação na Indústria Portuguesa

  • Juliana dos Santos Gomes Ignácio
  • 15 de out.
  • 2 min de leitura

Como a manutenção preditiva e a digitalização industrial otimiza operações, reduz custos e fortalece a resiliência dos ativos


Técnico realiza manutenção preditiva em equipamento industrial com ferramentas e sensores IoT.
Técnico realiza manutenção preditiva em equipamento industrial com ferramentas e sensores IoT.


1. O Paradigma Tradicional: Limites da Manutenção Reativa

Durante décadas, a manutenção industrial em Portugal foi marcada por práticas reativas: atuava-se apenas após o surgimento de falhas, dependente do papel e do conhecimento tácito dos profissionais mais experientes. Esse modelo trouxe elevados custos ocultos — paralisações não planeadas, desperdício energético, avarias críticas e prejuízo à imagem perante clientes e reguladores.

Com o envelhecimento dos parques industriais no país e o aumento da complexidade dos ativos (grupo geradores, câmaras frias industriais, sistemas elétricos de grande porte), torna-se clara a necessidade de reinventar processos de manutenção.


2. A Viragem Tecnológica: O Modelo Preditivo e Proativo

A transição — que ganha enorme força em 2025 no contexto português — dá-se com a implementação da manutenção preditiva, apoiada em telemetria, IoT e softwares de gestão (CMMS/EMS).


O que há de novo?

  • Telemetria 24h e IoT: dados contínuos sobre temperatura, energia, estado de funcionamento e vibração chegam ao gestor em dashboards acessíveis pelo telemóvel ou computador.

  • Integração com sistemas de alarmes e automatismos: redução dos tempos de resposta frente a desvios críticos; atuação remota possível.

  • Machine learning: algoritmos ‘aprendem’ padrões de funcionamento de cada equipamento, prevendo anomalias difíceis de serem detetadas por humanos.

  • Compliance digital: registros automáticos de todas as intervenções e condições facilitam auditorias e demonstram conformidade regulamentar.


3. Casos Práticos e Resultados no Mercado Português

Estudo de Caso A — Setor Alimentar: Uma empresa de distribuição enfrentava perdas anuais recorrentes devido a paragens inesperadas nas câmaras frias. Adoção de telemetria e manutenção preditiva resultou numa redução de 25% nas avarias críticas e numa economia de 18% nos custos globais de energia.

Estudo de Caso B — Indústria de bebidas: Monitorização avançada dos geradores com manutenção calendarizada e análise de dados históricos permitiu ampliar o intervalo entre intervenções emergenciais e racionalizar o uso de técnicos, maximizando a disponibilidade.


4. Erros Frequentes na Digitalização da Manutenção (E Como Evitá-los)

  • Subestimar a curva de aprendizagem das equipas

  • Ignorar a importância da integração entre sistemas legados e novas soluções digitais

  • Falta de definição clara de KPIs e SLAs

  • Não envolver técnicos na escolha e adaptação das ferramentas

  • Adotar um mindset apenas tecnológico, descurando o fator humano


5. O “Descomplicar” Tem de Ser Planeado

A verdadeira manutenção descomplicada é fruto de três pilares:

  1. Transparência digital em toda a cadeia de valor

  2. Automatização inteligente, com alertas customizados

  3. Formação constante, para atualização das equipas e resiliência empresarial



Portugal avança decididamente para um parque industrial digitalizado, eficiente e resiliente. O desafio não é tecnológico, mas estratégico: cabe aos líderes industriais adotar metodologias inovadoras e preparar as pessoas para a convivência com sistemas inteligentes. A descomplicação não vem do improviso, mas do investimento planeado e da colaboração entre gestores, técnicos e parceiros tecnológicos.

 
 
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